terça-feira, 13 de abril de 2010

Pratique Ecoturismo





O ecoturismo é uma visita sensível do nosso corpo à natureza. É através das experiências corporais sensíveis que o homem toma consciência do seu papel como parte de um sistema vivo, parte do organismo complexo e auto-regulável que é a natureza, porém, não como dominador, mas como participante dessa "dança" que penetra na alma e alegra o corpo. Ao invés de sobrepujar a natureza, o praticante de trilha, se insere nela em busca de emoções e sensações!(Bruhns)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O sal dos olhos


Andei passeando no teu sorriso
E me esqueci de voltar,
Perdi o rumo da estrada
Por me guiar nesse olhar.
Quem sabe um dia eu veja
O que o olhar não entende,
E descubra do meu jeito
Porque teu riso me prende.

Meu olhos, claras vertentes
Das coisas que a alma reflete,
Basta um silêncio de noites
Que a saudade se repete,
E faz brotar lentamente
Tristezas que a gente tem,
Mesmo guardadas por dentro,
Se mostram quando convém.

Às vezes, o sal dos olhos
(Se a saudade não é pouca),
Nos mostra um gosto amargo,
Salgando o doce da boca.
Às vezes, o sal dos olhos
É uma lágrima sentida
Que nos desce pela face
Por uma fresta de vida.

Não sei porque esse jeito,
Essa lágrima no rosto,
Se, por um sorriso apenas,
A boca adoça seu gosto,
E tudo muda a seu tempo,
Desfaz-se o que era triste,
Silêncio, depois palavras
E uma alegria que insiste.

Mesmo sem saber os rumos
Que os olhos hão de me dar,
Quero teu riso de perto
Pra aprender a voltar,
E depois saber da vida,
Porque os meus olhos têm
Essa lágrima sentida
Pela saudade de alguém!

O canto de boas vindas - Luiz Marenco

Estendi de novo o meu olhar de boas vindas
Até onde essa solidão dava horizonte
Larguei pro campo o meu gateado, lombo suado
Ando cismado, de alma distante, desde "antonte"

A voz do fogo falou de novo no meu galpão
Mimando a cambona pra um mate novo recém cevado
Recuerdos meus, desses antigos feito tapera
Tavam na espera cuidando um sonho ensimesmado

Vai pelo tempo o que a alma sente em dizer nada
Onde rumo e estrada nem sempre são o mesmo caminho
Tem tanta coisa que além dos olhos nos deixa triste
Que o sonho insiste em achar seu rumo mesmo sozinho

Quem sabe a alma desta fronteira vá mais além
Porteira aberta pra os rumos tantos que a vida mostra
A vida é assim, nos põe na cruz de uma encruzilhada
Pra escolher a estrada e buscar aquilo que mais se gosta

Um dia a sorte reponta todos os cavalos mansos
E um olhar de campo escolhe um bueno pra se encilhar
Porque a gente passa a vida inteira por ir embora
Depois não vê a hora e o quanto é tarde pra se voltar

E o mesmo olhar de boas vindas vai cuidar ao longe
Nos esperando pra um mate novo, noutra volteada
Depois que o sonho achar seu rumo por sua conta
E voltar na ponta, num pingo bueno pra contar a estrada